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Madre Beatriz

Madre Maria Beatriz Frambach nasceu em Paracambi, Rio de Janeiro, aos 27 de novembro de 1896. Filha de Carlos Augusto Frambach, de origem alemã; e, de Marcelina Zanei, de origem italiana. Seu nome de Batismo: Adelina Maria Frambach. Logo passou a ser chamada de Adélia, pelos familiares, apelido que substituiu o nome de registro e batismo.

 

Aos 24 anos de idade, a jovem Adélia entrou para a Congregação das Irmãs Servas de Maria do Brasil, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Lá recebeu o nome de Maria Beatriz e pertenceu a esta Congregação durante oito anos.

           

Escolhida por Deus, depois de uma válida experiência de Vida Religiosa Consagrada, em outra Congregação, aquela que, ao lado do Padre Júlio Maria de Lombaerde, devia ser a coluna mestra da Congregação que se fundava, em Manhumirim, MG.

           

Confiante em Deus e na grandeza da obra que se iniciava, no dia 24 de dezembro de 1929, ela trocou o hábito preto das Servas de Maria pelo cinzento da Congregação que principiava.

           

Em 1930, com a autorização do Bispo de Caratinga, Dom Carloto, foi nomeada Superiora Geral, serviço que exerceu até início de 1968.

           

Madre Beatriz teve sempre os olhos e o coração voltados para os pobres, acolhendo e promovendo nos colégios, os menos favorecidos. No seu ideal de fraternidade, propunha à Congregação o lema: “um só coração e uma só alma”.

           

Madre Beatriz era uma pessoa de diálogo e sabia “perder tempo” com os outros. Tinha sempre uma palavra de ânimo para quem a procurava. Era reconhecida como grande conselheira. Confiava no outro lhe dando o direito de trilhar o seu próprio caminho, sem impor nenhum ritmo.

Ela tinha um cuidado com a natureza. Meditava, observava o germinar das plantas, conversava com os antúrios, com as violetas e amor-perfeito, num silêncio contemplativo. Ensinava as crianças do Orfanato a terem cuidado com tudo, a não matar um passarinho sequer! Nada de arapucas.

 

Mulher que viveu numa fidelidade constante a Deus. Assumiu cada dia sua vocação na humildade, paciência e entrega à vontade de Deus, na tranquilidade e confiança. Sua confiança inabalável em Deus, sua entrega humilde, permitindo-se ser modelada por Ele, a capacitou para ser a Co-Fundadora, que comunicava às Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, grande entusiasmo pela Vida Religiosa Consagrada.

 

A presença de Deus na vida e na história de Madre Beatriz, a tornava uma pessoa de espírito jovem e de fé vital. Sua vida foi sempre uma busca! Um caminhar muitas vezes na escuridão do sofrimento, mas sempre acolheu como resposta de fé, de fortaleza, de confiança no Deus sempre fiel.

 

Madre Beatriz forte e corajosa buscava na fé toda sua resistência para vencer as circunstâncias mais difíceis e complicadas. Acreditava no Amor-Providência e transmitia às Irmãs uma firme esperança e muita alegria. 

 

Em 1974, Madre Beatriz sofreu um espasmo cerebral. A doença martirizou-a durante cinco anos. Faleceu em Manhumirim, no dia 03 de julho de 1979.

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